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Voltar ou não voltar a um amor passado?



Já aconteceu a quase toda a gente: estamos muito bem sentadas no sofá a ver a telenovela, e de repente pensamos que o João afinal não era assim tão má pessoa e até fazia um esparguete à Bolonhesa fantástico. Problema: demos com os pés no João há quase dois anos.
De repente encontramos a mãe do João, que nos amava. Hipótese a) A mãe do João diz-nos que o João acaba de casar com uma loira giríssima jovem executiva de não sei de onde, que o ama e que lhe vai dar imensas crianças loiras e executivas como ela. Resultado: Ficamos imediatamente a dar com a cabeça na parede e a pensar que o João era o homem da nossa vida e que o rifamos só porque cheirava mal dos pés, ou porque passávamos a vida a discutir. Hipótese b) O desgraçado João está solteiro outra vez e deixou aquela bimba que ele arranjou só para se esquecer de nós. Resultado: olhamos de lado para a nossa ex-futura-sogra e pensamos: “Bolas… do que eu me safei…”
Um caso passado nem sempre ficou tão arrumado como se pensa. Mas o problema não é quando ainda se tem os calções de futebol dele no fundo do armário. O problema é quando não se consegue esquecer que eles lá estão. E de repente pensamos: e se eu voltasse para ele?
João, volta!
Antes de ir a correr telefonar ao João pense bem. Em primeiro lugar, pense nas razões por que a coisa acabou. O tempo, a solidão e a carência tendem a apagar as coisas más e de repente só nos lembramos do esparguete e nem uma memória das cenas que ele fazia no restaurante quando havia um cabelo (imaginário) na sopa.
Na maioria das vezes, é uma questão de carência e comodismo. A pessoa precisa de se sentir amada, e pelo menos com aquele já sabemos com o que é que contamos. Por outro lado, já passou o tempo suficiente para esquecer as razões por que nos separamos. Mas lembre-se que um ex não é um ex em vão. Recorde as razões por que a relação acabou e, mais importante, pense nas razões que a levam a querer recomeçar. Quando a única razão é achar que é menos humilhante dormir com o ex do que com o saco de água quente, esqueça. Pensamos sempre que não vamos cometer os mesmos erros mas velhos hábitos custam a morrer e o passado tende a repetir-se.
No entanto, o retorno pode funcionar se, por exemplo, as razões que fizeram com que a relação acabasse já desapareceram. Se a pessoa está mais madura, se já não há tantos problemas de dinheiro, se ambos entretanto aprenderam qualquer coisa, por exemplo. Mas uma relação presente tem de perceber que o tempo não anda para trás, e que os dois já serão provavelmente pessoas diferentes… Além disso, o fantasma de uma ‘derrota’ anterior pode ser demasiado estressante para uma relação.
Às vezes, uma escapadinha ao passado funciona quando se quer só sexo. Não há rotinas, não há a sogra a entrar com uma travessa de carne assada, não há problemas com as crianças. São estranhos outra vez. Mas se se volta à rotina, regra geral os problemas também voltam. Antes de se enfiar nos lençóis dele, pergunte a si própria: ele vai usar o sexo para reiniciar a relação? Estou a quebrar alguma promessa que fiz a mim própria? Como é que me vou sentir depois? Os meus motivos são meramente físicos ou há mais alguma coisa? Faço isto por sentimentos de culpa?
Regra geral, quem já passou por isso aconselha que se evite regressar ao passado: a segunda separação geralmente acontece, e é mais dolorosa que a primeira. Acabou, acabou. Esqueça e siga em frente. Não há muitos homens capazes de fazer esparguete à Bolonhesa? Mas há tantos peritos em ovos mexidos…

Fonte: http://activa.sapo.pt/



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